31 agosto, 2007

Mário Crespo vs Gualter Baptista

Na senda dos vídeos neste blog, um já clássico da televisão portuguesa: Mário Crespo entrevista Gualter Baptista, do Movimento Verde Eufémia, e fica de tal modo entusiasmado que se ri do entrevistado e pede mais tempo à regie para continuar uma entrevista delirante. Isto é mesmo um momento histórico. São 36 minutos do melhor, com Gualter Baptista a tentar justificar a acção, a fugir à responsabilidade como mentor, a tentar explicar como o movimento foi automaticamente criado naquele momento, como se encontraram todas as pessoas ali, quem tinha pago o autocarro para levar os freaks à passeata, etc...

http://eufemia.ecobytes.net/2007/08/27/mario-crespo/

29 agosto, 2007

Dinamarca: um passo à frente

Como Cumprir os Limites

23 agosto, 2007

Foi assim

Uma curta pesquisa permite ver que um livro como “Foi Assim”, de Zita Seabra, faz falta para levantar fervura no debate sobre um período da história feito de mitos e depoimentos orais, encerrado em muitas contradições, desmentidos, com uma posição do PCP que não ata nem desata e então, para quem não teve o prazer de acompanhar os cinco anos de 75 a 80, fica apenas um limbo interessantíssimo de seguir. “Comunistas ferrenhos”, como se dizia então, acusam Zita Seabra de ser uma traidora e uma pessoa sem carácter, uma categoria onde caem todos os que mudam de opinião, principalmente quando esta nasce a partir da constatação de contradições que o partido encerra. Pessoas de outros quadrantes políticos, à esquerda e à direita, também dizem que Zita Seabra é uma pessoa a abater moralmente, porque entra num partido de direita (PSD) por puro oportunismo e aceitam o fim da sua relação com o PCP como se o problema fosse ela e não o partido. Recordo-me vagamente de quando isto aconteceu e de não ouvir uma única pessoa a tentar compreender. Até hoje, as dissidências dos militantes em época democrática foram sempre pouco faladas e muito poucas vezes aproveitadas por outros partidos. A história de Zita Seabra é interessante do princípio ao fim porque mostra que pessoas muito inteligentes entravam para o partido da acção não cegamente mas conscientes de que aquela era a melhor solução para o país e para o mundo. E mostra, nas primeiras 50 páginas que eu li, uma organização extrema, quase semelhante a um formigueiro de ideias e comportamentos que funcionava como um relógio para chegar aos seu fim. Mas, sobretudo, de como a ideologia comunista conseguia que as pessoas se tornassem instrumentos ao serviço de uma organização, deixando tudo para trás: família, filhos, mulheres, fortunas, amigos.

21 agosto, 2007

O vale era verde, Eufémia

Agosto esquisito, sol num dia, chuva nos 3 seguintes e a praia onde não se pode estar. Um Agosto destes deixa algumas pessoas sem saber o que fazer: e que tal vandalizar uma propriedade privada aproveitando a companhia das câmaras de televisão e da GNR? Boa! Bora lá!

Gualter Baptista, porta voz do Movimento Verde Eufémia (com toda a certeza que o nome foi escolhido pelo próprio), é provavelmente o maior anormal a ter tempo de antena na comunicação social dos últimos tempos.
Segundo tal personagem, uma espécie de cruzamento entre Pinto da Costa, Valentim Loureiro e o Sapo Cocas, o objectivo de tal acção era, e passo a citar com um prazer que nem imaginam, “restabelecer a ordem ecológica, moral e democrática através de uma acção de desobediência civil, uma das formas de manifestação numa sociedade civil democraticamente evoluída”. Prosseguindo com uma eloquência verbal capaz de fazer inveja a toda a gente, dispara: "estudos independentes revelaram alterações das funções hepáticas e renais (provocadas pelo consumo de alimentos transgénicos)”, para mais à frente lamentar "a falta de estudos independentes nesta área uma vez que há efeitos na saúde pública que estão ainda por conhecer a fundo". Perceberam? Eu também, o gajo é jogador de futebol e está de férias.
Para terminar remata com um “não pensem que se trata de um bando de vândalos sem ideias e que não tinham mais nada para fazer”. Claro que não, é preciso estar de muito má fé para pensar uma coisa dessas.
Urgente, arranjem uma Câmara Municipal para este senhor.