27 setembro, 2007

Santana Lopes, um homem a seguir

Pior do que concordar com as ideias de Santana Lopes é concordar com as suas atitudes. É a primeira vez, mas tenho que me pôr do lado do ex-primeiro-ministro (não me esqueço...).
A sua saída durante o Jornal das Nove da SIC foi totalmente justificado. Por motivos que de certeza pertencem ao domínio do transcendental, vi mais uma vez este espectáculo em directo, depois de ter assistido ao Verde Eufémia. Mais incompreensível (longe do racional) ainda, é a segunda vez que vejo isto no Jornal das Nove, sempre com a Ana Lourenço aos comandos da emissão. Foi durante um debate entre a Ana Drago e um economista do PSD, do qual não me lembro o nome, em que este também disse que não participava mais no debate, perante a impertinência da miúda do Bloco de Esquerda, embora não abandonasse o estúdio.
Santana Lopes detém o título de enfant terrible da política e Ana Lourenço não é com certeza o correspondente no jornalismo televisivo. Mas, um engraçadinho que está por detrás dos bastidores e que dá pelo nome de Ricardo Costa, já o pode ser. Basta ler a sua coluna no Diário Económico ou as moderações do Expresso da Meia-Noite para ver como se rói por não poder desmascarar tudo o que sabe. Foi ele que naturalmente e enquanto director de programação veio em defesa da SIC, dizendo que a reacção de Santana Lopes foi "desproporcionada". Pondo o ex-primeiro-ministro (é preciso sempre lembrá-lo...) ao mesmo nível de um treinador de futebol mostrou que a sua atitude foi mais a de humilhar Santana do que defender a estação de televisão. Mas não chegou. Da forma como um comentador da notícia do Público pôs a questão: "Afinal o Mourinho chegou a Portugal, para ir para casa dormir. Noticia sensacional e com muito interesse. Bem feito. Pedro Santana Lopes soube dar a resposta."
Mais interessante ainda é ver a troca de personalidades aqui, tipo "Face-off". Santana, que foi dirigente desportivo, interroga-se, à jornalista e aos espectadores, sobre se o mundo do futebol passa por cima das directas do segundo maior partido político do país. "Acha que a chegada de um treinador de futebol é mais importante que as directas de um partido?", perguntou. A SIC, esse agora pseudo-baluarte do jornalismo de referência, não tem dúvidas. Sim, o futebol é mais importante que a política. Em defesa da SIC, devo dizer que se o futebol e a política andaram sempre de mãos dadas e sujas, como dois irmãos depois do recreio, torna-se difícil ter critérios. E quando Pacheco Pereira vem dizer que Santana Lopes teve razão nalguma coisa, é porque o mundo está quase a acabar. Com programas de informação assim, que é que precisa dos Sopranos à 00h30 ou o House quase à uma?

14 setembro, 2007

Piparote de menina

Não quero que interpretem nas minhas palavras qualquer sinal de xenofobia, mas é por estas e por outras que sou contra a participação de estrangeiros, de gema ou nacionalizados à pressão, na selecção nacional. Tinha que vir um outsider qualquer manchar o bom nome de Portugal e dos Portugueses. A perder a cabeça não era de dar um soco como deve ser?
Reparem:











Não é preciso explicar pois não?

Se é, reparem nas diferenças:














Por um lado, Scolari num aparato gay, por outro, João Pinto qual guerreiro Celta caminhando sem medo contra a lança do inimigo. Isto sim, é um soco bem aviado.

Quando queremos brincar, o que o Scolari fez ou é coisa de maricas ou de miúdo, fazemos como o puto dos sub-21 que, mostrando o elevado sentido de humor que nos caracteriza, tirou o cartão da mão do árbitro numa alegre brincadeira.

Como se já não tivesse feito asneira suficiente, Scolari além de não admitir que não sabe dar um murro como deve ser, arranja uma desculpa mais esfarrapada que um jovem do Intendente que não muda de roupa há 3 anos: `fui defendê o minino”. Azar dos azares, o “minino” era Quaresma, que dá mais sarrafada num jogo que os Neo-Zelandeses do râguebi numa época inteira. Aliás, vê-se claramente que o rapaz está cheio de medo a brincar com a bola.
O que Scolari fez é indesculpável, depois do piparote à menina inventa uma desculpa que não cabe na cabeça de ninguém.

A única coisa que pode abonar um pouco a favor do Piparolari (e não Socolari como vi para aí escrito), é que assim ninguem falou de futebol. O que, convenhamos, por estes dias dá muito jeito à selecção.
Para terminar quero dizer que não sou como aqueles radicais que querem já a demissão do seleccionador, contudo acho que é urgente que lhe dêem formação num ringue de boxe.

03 setembro, 2007

Gualter Baptista Movimento Verde Eufémia Milho Transgénico Entrevista Mário Crespo

À IP

Prémio Denominação pomposa para acto de vandalismo:
"Uma acção política de carácter inédito"

Prémio O que é que eu tenho a ver com este assunto:
"Estava a falar com a imprensa durante o ataque"

Prémio Colecção Outono/Inverno:
"Taparam a cara por razões estéticas"

Prémio Um dia vais perceber o que é:
"A legitimidade é um processo complexo"

Prémio Pinto da Costa&Família Loureiro:
"Não sei se existe pontapé ou um levantar do pé"

Prémio Pare por favor que já me dói a barriga de tanto rir:
"Esta acção é comparável com o que faz a ASAE"

Prémio Já houve uma criança de 5 anos que caiu nesta:
"Eu não estava nessa acção estava só a dar voz a essa acção"