21 dezembro, 2005

Greve nos transportes em NY

Sem esquecer que Nova Iorque não é Lisboa, ao ler as reportagens sobre a greve dos transportes que afectou sete milhões de utilizadores, pensei logo como seria por cá.
Em NY, houve logo um plano de contingência, que limitou a entrada de automóveis que não tivessem no mínimo quatro ocupantes, alterou o início das aulas em duas horas mais tarde, e promoveu percursos alternativos para os vários meios de transportes (os mais habituais foram o pé e as bicicletas, mas houve quem quisesse entrar de cavalo). Os nova-iorquinos levaram tudo isto na brincadeira, conforme se pode ver nas reportagens dos jornais de lá, e sem grandes ondas. Mas tudo tem um limite, e o mayor pretende indemnizações da parte dos sindicatos para fazer frente aos milhões de dólares perdidos por cada dia de greve.
Em Lisboa, nada disto acontecia. Uma greve nos transportes públicos não se faria notar, porque nós não temos transportes públicos. Aquilo por que os nova-iorquinos estão a passar agora - a falta de meios e alguma impotência para resolver os seus problemas de transporte - é o que o utilizador da Carris ou do Metro passa todos os dias.

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