10 novembro, 2005

“A vida tem fim, mas a luta é eterna”

Passam hoje 92 anos sobre o nascimento do auto-intitulado filho adoptivo do proletariado.
Fundador e eterno símbolo do Partido Comunista Português, Álvaro Cunhal foi também um dos comunistas mais relevantes e respeitados da Europa Ocidental.
Cunhal esteve muitas vezes, sobretudo depois do 25 de Abril de 74, no limiar entre o homem visionário e o homem que não quer ver, no limiar ente a convicção e a teimosia.
Longe de granjear consenso durante a sua vida, Cunhal não vê, felizmente, a hipócrita admiração generalizada pelo “homem de causas”, “pelo lutador”, “pelo resistente”, “pelo homem de convicções”, que surge no momento da sua morte.
Quando se tem um ideal o mundo é grande em qualquer parte, disse a propósito dos mais de oito anos que passou isolado numa cela. Cunhal tinha de facto um ideal.
Pessoalmente, mais do que motivos políticos e ideológicos, sempre me atraiu o movimento iconográfico da esquerda. As imagens que o constituem são uma forma de, por si só, contar a história da ascensão e queda do Comunismo no mundo. Falo da Europa de Leste e da América do Sul, mas também de Portugal.
A propósito da efeméride aqui ficam alguns desses registos, sinais de um tempo.

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